domingo, 21 de fevereiro de 2010

Dois






". Fico quieto. Primeiro que paixão deve ser coisa discreta, calada, centrada. Se você começa a espalhar aos sete ventos, crau, dá errado. Isso porque ao contar a gente tem a tendência a, digamos, “embonitar” a coisa, e portanto distanciar-se dela, apaixonando-se mais pelo supor-se apaixonado do que pelo objeto da paixão propriamente dito. Sei que é complicado, mas contar falsifica, é isso que quero dizer — e pensando mais longe, por isso mesmo literatura é sempre fraude. Quanto mais não-dita, melhor a paixão."

(Caio Fernando Abreu)

2 comentários:

Gutt e Ariane disse...

Acho interessante esse pensamento... viver a paixão o mais intenso, mas viver a dois! Nada de ficar declarando aos 4 ventos. Aproveitar o máximo possível, o tal do Carpe Diem

Carolina Quirino disse...

Longe de fofoca, longe de olhar alheio. Essa é a paixão verdadeira. Só a dois, pois, a ninguém mais interessa.

futebolrosachoque.blogspot.com/

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