quarta-feira, 5 de junho de 2013

Sabe qual é o meu medo? O meu medo não é descobrirem o que eu faço quando estou sozinha no quarto. E sim , não fazer mais o que tanto gosto por medo do que vão pensar. Às vezes me vem essas indagações: O que será que vão pensar de mim se eu falar isso? Ou, como vão me tratar se eu fizer aquilo? Então me respondo a altura, te liga vacilona, não importa o que vão pensar, o que importa é o que você sente oh Mané. Mais sem brincadeiras. Será que é tão importante assim a opinião alheia? Será que a opinião própria não vale de mais nada? Ou melhor, será que ter opinião não é bem melhor do que ouvir a opinião de quem nem tem opinião? Eu sempre fui assim meio desgrudada de tudo e de todos. Nasci com a síndrome da liberdade, e não tem cura nem medicamento que trate meus sintomas. Se me prender eu fujo mesmo, se não me der prazer eu debocho mesmo, e se não me quiser FODA-SE, TEM QUE QUEIRA! Não eu não sou um posso de amarguras ambulante com um lingerie vermelha tentando te seduzir, eu sou igual a todas, mais nem todas seriam iguais a mim. E é claro eu amo sim , e ACREDITE, amo intensamente! Mais pare e pense, amor é liberdade, é extremista mesmo, é tudo ou nada. Eu vivo o amor, mais o amor que me cabe, e só amo a quem se ama por primeiro. Não faço caridade! Curto muito a idéia de deixar livre para que volte para mim. Eu não espero que me ligue no dia seguinte e muito menos que mande flores ( sou alérgica, nem tente!), só espero que guarde os bons momentos, isso me basta. Quanto aos outros, são outros, não pertencem a nós. Não tenho medo de não ter um filho, de ficar pra titia, ou de não encontrar um filho da puta que me entenda de verdade sem falsidade pra tentar me comer. Não é isso que me assombra. O meu medo, o meu real medo é de ter medo dos outros. Se um dia eu me perceber assim, então não serei mais eu e de nada valeu sexos e textos tão intensos. A intensidade que me pertence tem que me seguir até os confins da terra, sem pudor, sem temor, LIVRE!
Eu sou assim... Duas de mim... Às vezes três... Quatro... Cinco... Seis... Sou uma por mês, me diversifico. Tem horas que grito vivo num conflito, mostro ao mundo minha dor; Outras horas, só sei falar de amor, a mais romântica, melodramática, estática, chorosa e nervosa, carente e decadente, vingativa e inconseqüente! Aí, quando menos percebo, me transformo em mulher cheia de medo, cheia de reservas, coberta de sutilezas, séria ou sem defesa; No minuto seguinte, no papel de mulher fatal viro logo a tal... Sou dona do mundo, segura e destemida, altiva e atrevida, rasgo meus segredos ao meio e exponho num roteiro de poesia ou texto... Agrido, inflamo , conto o que ninguém tem coragem de contar, explico detalhes que é bom nem lembrar... Sou assim... Várias em mim, sorriso por fora, angústia toda hora, por dentro um tormento, no rosto algum sofrimento, no corpo uma explosão de prazer, nos olhos, meu desejo deixo perceber. Melhor nem me conhecer, fique com minhas letras, com as minhas palavras, na vida real sou bem mais complicada. Sou mil em mim e quem tentou, descobriu que viver ao meu lado é viver dentro de um campo minado... Quem esteve nele... quis fugir... E quem ficou... viu tudo explodir! Passei pelo nascimento e pela morte, alegria e sofrimento, céu e inferno; e no final eu reconheci que estou em tudo e que tudo vive em mim.
Sem você eu sou assim... alguém que caminha sem rumo e anda sem chão. Que corre não sabe pra onde, e tenta achar cor no preto e branco...Que chora e sente a sua falta... Te sentir distante é a pior coisa do mundo...e eu te amo tanto, mais tanto!!! Sem você, as coisas mais engraçadas são pura ironia. Eu deixo tudo por você.. desisto até de mim se for preciso... porque você é realmente especial e eu nunca senti algo assim... Venha participar dos meus dias, aqui perto de mim. Me aceita do jeito que eu sou, eu tenho defeitos, mas posso te fazer feliz! Faça suas escolhas...me escolhe! Eu te escolhi desde o primeiro dia... Cheguei a pensar que se eu quisesse, poderia um dia ficar sem você.. A verdade é que eu não sei parar de te querer... Fala pra mim que me quer, e que esse amor não vai morrer.......... Te amo hoje e sempre!
Não me peça pra mudar... Eu sou assim, metade menina metade mulher, metade sonho e a outra metade o que poderia ser além de sonho? Sou pura sensibilidade, poesia em prosa ou em verso, sou esse universo de pieguice literária. Sou a falta de vergonha de dizer quem sou. Sou impulsiva. Quando falo, falo muito, quando irrito querem me matar... Quando não o querem, me amam! Sou essa potencialização de sentimentos. Hora explodo para não implodir, hora nada detono. Sou intensa. Tudo quero muito quando quero... Quando não gosto, desprezo. Quando amo, amo MUITO. Não me peça pra mudar... Eu sou assim, metade grande e a outra metade? Crescendo! Sou completamente destemida, não penso duas vezes quando quero colo, peço! Sou contrária a certas regras impostas onde fortes são os que não se curvam. Sou flexível. Irremediavelmente pronta a ceder. Sou frágil, quebro a toa, mas sou teimosa, me conserto, remendo, emendo, colo, costuro... Sou criativa! Não me peça pra mudar... Eu sou assim.
Eu sou assim. Tenho um milhão de defeitos. Sou volúvel. Sou viciada em gente. Adoro ficar sozinha. Mas eu vivo para sentir. Por isso, eu te peço. Me provoque. Me beije a boca. Me desafie . Me tire do sério. Me tire do tédio. Vire meu mundo do avesso! Mas, pelo amor de Deus, me faça sentir! Um beliscãozinho que for, me dê. Eu quero rir até a barriga doer. Chorar,Este é o meu alimento: palavras para uma alma com fome. Você agüentaria viver na montanha-russa que é meu coração? Desculpa, nada é pouco quando o mundo é meu. Clarice Lispector
Eu sou assim , eu vou sumir quando você menos esperar , eu vou surtar com você , vou querer que você sinta medo, orgulho , paixão , tesão , fome de mim . Eu vou ter as vontades mais loucas , eu vou sentir inveja até da sua sombra por estar perto de você de dia , e do seu travesseiro por estar com você a noite . Eu vou aparecer só pra você me perceber , eu vou sumir e aparecer milhões de vezes pra você me notar . Eu vou ter sede da sua atenção , eu vou querer seu " mais eu te amo " quando eu disser " eu te odeio , e não quero mais te vê por aqui " , eu vou querer um beijo roubado no meio daquela briga , eu vou querer seus elogios quando o espelho estiver de mal comigo , eu vou querer sua sinceridade quando for necessário , e a sua doce mentira quando minha vaidade precisar , eu vou querer surpresas no meio do dia , ligações inesperadas , eu voou respirar você , eu vou amar você... E aí vai querer mesmo cruzar meu caminho?

terça-feira, 4 de junho de 2013

Sinto falta, De quando era apenas uma adolescente. Do meu primeiro amor. Sinto falta do cheirinho da minha cama,do meu travesseiro, do meu quarto. Da minha coleção de livros, que hoje não tenho. Sinto falta dos meus avós,do cuidado deles, dos almoços de domingo em família. Sinto falta de acordar e ver minha mãe fazendo o café da manhã, Do meu pai quando chegava do trabalho e sempre me trazia alguma coisa. Da escola que eu frequentava, dos amigos que eu tinha, Sinto falta da minha inocência.... Mas tudo começou a mudar, Começaram os sintomas, As brigas, O transtorno, Os cortes, As mudanças na alimentacão, e eu cresci..... Amadureci, e hoje..... Não sei quem eu sou, Acho que sou várias pessoa em uma só, Me adapto a qualquer circunstância, e mudo de personalidade toda hora... Não sei como vou me encontrar pois estou ai perdida em qualquer lugar.... E a minha vida segue meio torta,meio estreita,sem rumo, Sempre buscando alguém pra completar o vazio em mim... Então, essa sou eu!!!! Com erros e acertos, Mas tentando a todo custo viver.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

PENSAMENTOS "O segredo da saúde,mental e corporal,está em não se lamentar pelo passado,não se preocupar com o futuro,nem se adiantar aos problemas,mas,viver sabia e seriamente o presente"____"A prova de que estou recuperando a saúde mental, é que estou cada minuto mais permissiva: eu me permito mais liberdade e mais experiências. E aceito o acaso. Anseio pelo que ainda não experimentei. Maior espaço psíquico. Estou felizmente mais doida."___"Amor: uma perigosa doença mental."___"Por um lado, ter um inimigo é muito ruim. Perturba nossa paz mental e destrói algumas de nossas coisas boas. Mas, se vemos de outro ângulo, somente um inimigo nos dá a oportunidade de exercer a paciência. Ninguém mais do que ele nos concede a oportunidade para a tolerância. Já que não conhecemos a maioria dos cinco bilhões de seres humanos nesta terra, a maioria das pessoas também não nos dá oportunidade de mostrar tolerância ou paciência. Somente essas pessoas que nós conhecemos e que nos criam problemas é que realmente nos dão uma boa chance de praticar a tolerância e a paciência."
Quem Sabe Isso Quer Dizer Amor Roberta Campos Cheguei a tempo de te ver acordar Eu vim correndo a frente do sol Abri a porta e antes de entrar Revi a vida inteira Pensei em tudo que e possivel falar Que sirva apenas para nos dois, Sinais de bem, desejos de cais Pequenos fragmentos de luz Falar da cor, dos temporais, de ceu azul das flores de abril Pensar alem do bem do mal Lembrar de coisas que ninguem viu O mundo la sempre a rodar Em cima dele, tudo vale Quem sabe isso quer dizer amor Estrada de fazer o sonho acontecer! Pensei no tempo, e era tempo demais Voce olhou sorrindo pra mim Me acenou um beijo de paz Virou minha cabeca Eu simplesmente nao consigo parar La fora o dia ja clareo Mas se voce quiser transformar O ribeirao em braco de mar Voce vai ter que encontrar Aonde nasce a fonte do ser E perceber meu coracao Bater mais forte so por voce O mundo la sempre a rodar Em cima dele, tudo vale Quem sabe isso quer dizer amor Estrada de fazer o sonho acontecer!
Tudo o que acontece tem um motivo,nem todos serão favoráveis a você.Pense nisso como um aprendizado.Mas pode-se dizer que nem tudo é desfavorável,basta enxergar as oportunidades mesmo que elas estejam la no fim do túnel ,escondidinha. (Ly)
Podemos acreditar que tudo que a vida nos oferecerá no futuro é repetir o que fizemos ontem e hoje. Mas, se prestarmos atenção, vamos nos dar conta de que nenhum dia é igual a outro. Cada manhã traz uma benção escondida; uma benção que só serve para esse dia e que não se pode guardar nem desaproveitar. Se não usamos este milagre hoje, ele vai se perder. Este milagre está nos detalhes do cotidiano; é preciso viver cada minuto porque ali encontramos a saída de nossas confusões, a alegria de nossos bons momentos, a pista correta para a decisão que tomaremos. Nunca podemos deixar que cada dia pareça igual ao anterior porque todos os dias são diferentes, porque estamos em constante processo de mudança. (Paulo Coelho)

sexta-feira, 24 de maio de 2013

1-Os ventos que as vezes tiram algo que amamos, são os mesmos que trazem algo que aprendemos a amar... Por isso não devemos chorar pelo que nos foi tirado e sim, aprender a amar o que nos foi dado.Pois tudo aquilo que é realmente nosso, nunca se vai para sempre.... 2-Sozinho, meu pensamento focaliza em alguém. Deixo-o livre, e de repente meu coração aperta. Mas não estou triste, pelo contrário, deixo escapar um sorriso. Comer não me parece tão importante, agora me sinto alimentado por outra coisa. Acordo sempre com os mesmos pensamentos, e os mesmos me impulsionam a ter um grande dia. Quando te vejo sinto coisas estranhas, mas boas. Quando falo com você minha cabeça pensa direito, mas minhas palavras saem embaralhadas, e minhas mãos ficam suando. Meu pensamento focaliza alguém, esse alguém é você. É, estou amando. 3-Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e a arte de representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana. Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso.
Solidão Hoje me sinto perdida e sem saber qual caminho seguir.As vezes acho que sou uma burra,idiota por acreditar demais nas pessoas,mas o que eu posso fazer,eu sou assim...eu me apego facilmente e tenho medo de perder quem eu amo.Odeio ser rejeitada e deixada de lado...muitas pessoas podem achar que to fazendo drama,mas não é, é o que sinto e não gosto de esconder meus sentimentos, o que tiver que falar eu falo mesmo.Sinto muita necessidade de ter pessoas do meu lado, pra ter carinho,atenção,pra simplemente conversar...sou muito carente e essa carência me faz sofrer porque a gente acaba esperando demais do outro e acaba que nossas expectativas vão por agua abaixo. Tenho muito medo de perder quem eu amo...se for contar nos dedos já perdi mais do que ganhei pessoas na minha vida,pessoas importantes pelo qual eu me dava por completo,e hoje só me resta o nada...Então, por favor, eu peço as pessoas que eu amo que fiquem do meu lado, que não me abandonem,eu sei que eu erro, e quem não erra...sou muito impulsiva, intolerante e muito ciumenta...mas por favor,sou só uma simples pessoa com esse maltito transtorno de personalidade borderline,e tenho esses sintomas desde os 16 anos...por isso eu não sei me usar,acabo sendo algo incoerente nesse mundo de loucos!!!

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

QUEM MORRE?

Morre lentamente Quem não viaja, Quem não lê, Quem não ouve música, Quem não encontra graça em si mesmo Morre lentamente Quem destrói seu amor próprio, Quem não se deixa ajudar. Morre lentamente Quem se transforma em escravo do hábito Repetindo todos os dias os mesmos trajeto, Quem não muda de marca, Não se arrisca a vestir uma nova cor ou Não conversa com quem não conhece. Morre lentamente Quem evita uma paixão e seu redemoinho de emoções, Justamente as que resgatam o brilho dos Olhos e os corações aos tropeços. Morre lentamente Quem não vira a mesa quando está infeliz Com o seu trabalho, ou amor, Quem não arrisca o certo pelo incerto Para ir atrás de um sonho, Quem não se permite, pelo menos uma vez na vida, Fugir dos conselhos sensatos... Viva hoje ! Arrisque hoje ! Faça hoje ! Não se deixe morrer lentamente ! NÃO SE ESQUEÇA DE SER FELIZ (Martha Medeiros)

Personalidade Borderline

Diversos autores o utilizam o termo borderline, há mais de um século, para se referir a um grupo de pacientes que se caracterizam, basicamente, por apresentar uma alteração na fronteira (ou na borda) entre a neurose e a psicose. Como acontece sempre em psiquiatria com outros diagnósticos, o termo Transtorno Borderline tem uma longa história, passando por diversos conceitos e denominações ao logo do tempo. A primeira vez que aparece o termo borderline é em 1884. Nesse ano, Hughes (psiquiatra inglês) designa assim aos estados borderline da loucura, definindo assim essas pessoas que passaram toda sua vida de um lado a outro da linha da sanidade. Alguns autores da época usavam esse diagnóstico quando havia sintomas neuróticos graves. Bleuler considerava os pacientes portadores de uma esquizofrenia latente como se fossem estados borderline. Freud, em “O homem dos lobos”, descreve um caso diagnosticado como neurose obsessiva, mas que à luz das investigações atuais e a revisão psicopatológica poderia ser entendido como um caso de patologia borderline. Henry Claude falava de esquizomanias, Merenciano (Francisco Marco Merenciano, Psicosis Mitis – Los enfermos mentales que consultan al internista) introduz o termo “psicose mitis” para descrever esses pacientes, Wilhelm Reich usa o termo “caráter impulsivo”. Em 1927 Franz Alexander classifica os estados borderline dentro do que denomina de “caráter neurótico”, e realmente, na época de Alexander tudo o que parecia fortemente constitucional, irremovível, sabiamente era chamado de problemas de caráter. Stern, em 1938, finalmente formaliza o termo borderline. Refere-se a uma espécie de “hemorragia mental”, desencadeada por grande intolerância à frustração. Os enfermos têm o sentimento permanente de estar magoados, injuriados e feridos emocionalmente. Em 1947, Melita Schmideberg enfatiza a grande instabilidade desses pacientes, ressaltando ser o traço mais característico a falta de sentimentos normais e o profundo transtorno da pessoalidade. Fenichel utiliza o termo “esquizofrenia marginal”, Hoch e Polatin falam em “esquizofrenia pseudoneurótica” e, na mesma linha, Henri Ey usa o termo esquizoneurose. Em 1967, Grinker e outros descrevem a síndrome borderline, cujas características seriam: 1. - Sentimento de raiva como afeto único ou essencial; 2. - Anáclise* como transtorno nas relações objetais (aderência patológica – veja Depressão Anaclínica); 3. - Ausência de auto-identidade consistente (instabilidade); 4. - Depressão sem sentimento de culpa, sem auto-acusação ou remorso. * - anaclise; ing. anaclisis = em psicanálise, tendência para se apoiar afetivamente, moralmente e de maneira exclusiva numa ou em diversas pessoas.) Mahler faz uma a classificação evolutiva entre duas apresentações de Borderline: 1. - Estados borderline aparentemente bem adaptados, que geralmente não procuram ajuda especializada; 2. - Síndrome borderline, com sintomas de depressão de abandono, fixação oral e medo ou preocupação obsessiva de abandonado. Gunderson explora cinco áreas na avaliação do Transtorno Borderline: 1. - A adaptação social: aparentemente sem dificuldades; 2. - Impulsos e ações: atitudes impulsivas, drogadição, álcool, auto-agressão, promiscuidade, bulimia; 3. - Afetividade: depressão, raiva, ansiedade e desespero; 4. - Eventuais surtos psicóticos: normalmente breves, reativos e pouco severos; 5. - Relações interpessoais: não suportam a solidão e o abandono, necessitam do outro em tempo integral, a todo o momento, são francamente dependentes, masoquistas e manipuladores. - Grinker RR Sr.- Diagnosis of borderlines: a discussion, Schizophr Bull. 1979;5(1):47-52. - Gunderson JG, Kolb JE, Austin V - The diagnostic interview for borderline patients, Am J Psychiatry 1981; 138:896-903 - Mahler MS - Significance of the separation and individuation process for the evaluation of borderline phenomena, Psyche (Stuttg). 1975 Dec;29(12):1078-95 Carlos Paz realiza uma experiência psicanalítica no tratamento do transtorno borderline. Encontra: 1. - Transtornos na relação com a realidade, na qual ha alterações grosseiras ainda que transitórias, sem perda do juízo da realidade. 2. - Transtornos do pensamento sob a forma de idéias de referência e paranóia, 3. - Transtornos no controle dos impulsos com explosões de raiva, violência e agressão. 4. - Transtornos da sexualidade com fantasias sexuais sadomasoquistas, atividade masturbatórias com fantasias eróticas perversas, promiscuidade e, eventualmente, impotência. 5. - Presença de ansiedades confusionais; 6. - Vínculo com o terapeuta característico, com viscosidade, aderência e manipulação. Nos casos mais graves esses fenômenos de transferência problemática são bastante primitivos e intensos, chamados por alguns autores de “transferência delirante”, ou ainda de “transferência psicótica. Há pessoas, simpáticas e agradáveis aos outros, que se comportam de maneira totalmente diferente com as pessoas de sua intimidade. São explosivas, agressivas, intolerantes, irritáveis, com tendência a manipular pessoas.... São pessoas com Transtorno Borderline da Personalidade. Outros conseguem ser desarmônicos dentro e fora do lar; podem ser os Sociopatas. A patologia borderline, hoje em dia é, sem dúvida, uma problemática psicossocial importante, já que freqüentemente se associam a quadros de drogadição, alcoolismo e violência. Certos autores comparam ao paciente borderline atual com os histéricos do final do século XIX e princípios do século XX. Consideram as patologias equivalentes e não sem uma boa dose de razão, considerando a histeria dita de caráter. Uma classificação bastante didática divide o Transtorno Borderline em 4 grupos clínicos: Grupo A: Borderline com predomínio de características esquizóides e/ou paranóides, mais próxima das psicoses. Grupo B: Borderline com predomínio de características distímicas e afetivas. Grupo C: Borderline com predomínio de características anti-sociais e perversas (corresponderiam ao grupo de Transtorno de Pessoalidade Borderline, propriamente dito, satisfazendo quase todos os critérios do DSM IV). Grupo D: Borderline com predomínio de características neuróticas (obsessivo-compulsivas, histéricas e fóbicas) graves. Esta classificação tem objetivo mais didático que prático, porquanto na prática cotidiana observamos com maior freqüência a ocorrência de casos mistos. Na CID.10 Na atual classificação da Organização Mundial de Saúde (CID.10), o distúrbio denominado Personalidade Borderline está incluído no capítulo dos Transtornos de Personalidade Emocionalmente Instável. Este transtorno se subdivide em 2 tipos; o Tipo Impulsivo e o Tipo Borderline. O subtipo Impulsivo é sinônimo do que conhecemos por Transtorno Explosivo e Agressivo da Personalidade. Primeiramente vejamos do que se trata o Transtorno de Personalidade Emocionalmente Instável. A CID.10 diz que se trata de um transtorno de personalidade, no qual há uma tendência marcante a agir impulsivamente e sem consideração das conseqüências, juntamente com acentuada instabilidade afetiva. Nessas pessoas a capacidade de planejar pode ser mínima e os acessos de raiva intensa podem, com freqüência, levar à explosões comportamentais e de violência. Essas explosões costumam ser facilmente precipitadas, principalmente quando esses atos impulsivos são criticados ou impedidos por outros. Ambos tipos desse transtorno de personalidade compartilham a impulsividade e a falta de autocontrole; o Tipo Impulsivo e o Tipo Borderline. O Tipo Impulsivo se traduz predominantemente por instabilidade emocional e falta de controle de impulsos. Aqui os acessos de violência ou comportamento ameaçador são comuns, particularmente em resposta a críticas de outros. Com essas características o transtorno de personalidade pode ser chamado também de Transtorno Explosivo Intermitente No Tipo Borderline ou Limítrofe várias características de instabilidade emocional estão presentes. Somado à impulsividade, há perturbação variável da auto-imagem, dos objetivos e das preferências internas, incluindo a sexual. O paciente Borderline freqüentemente se queixa de sentimentos crônicos de vazio. Há sempre uma propensão a se envolver em relacionamentos intensos mas instáveis, os quais podem causar nessas pessoas, repetidas crises emocionais. A CID.10 diz ainda que esses pacientes se esforçam excessivamente para evitar o abandono, podendo haver quanto a isso, uma série de ameaças de suicídio ou atos de autolesão. No DSM.IV Como sempre, a melhor descrição da Personalidade Borderline está no DSM.IV (Manual de Diagnóstico e Estatística das Doenças Mentais, da Associação Norte-Americana de Psiquiatria). Pelo DSM.IV vê-se que a característica essencial do Transtorno da Personalidade Borderline é um padrão comportamental de instabilidade nos relacionamentos interpessoais, na auto-imagem e nos afetos. Há uma acentuada impulsividade, a qual começa no início da idade adulta e persiste indefinidamente. Características do Ego e do Comportamento Patologicamente podemos dizer que a pessoa portadora de Personalidade Borderline, embora seja bem menos perturbada que os psicóticos, são muito mais complexas que os neuróticos. Entretanto, não apresenta deformações de caráter típicas das personalidades sociopáticas. Na realidade, o Borderline tem séria limitação para usufruir as opções emocionais diante dos estímulos do cotidiano e, por causa disso, só costuma enfurecer diante dos pequenos estressores. São indivíduos sujeitos a acessos de ira e verdadeiros ataques de fúria ou de mau gênio, em completa inadequação ao estímulo desencadeante. Essas crises de fúria e agressividade acontecem de forma inesperada, intempestivamente e costumam ter por alvo pessoas do convívio mais íntimo, como por exemplo os pais, irmãos, familiares, amigos, namoradas, cônjuges, etc. Embora o Borderline mantenha condutas até bastante adequadas em bom número de situações, ele tropeça escandalosamente em outras triviais e simples. O limiar de tolerância às frustrações é extremamente susceptível nessas pessoas. O curto-circuito agressivo expresso pelo Borderline sob a forma de crise pode desempenhar várias funções psicodinâmicas, como por exemplo, aliviar o excedente de tensão interna, impedir maior conflito e frustração, ressaltar a presença do paciente, ainda que de forma desagradável e ineficaz, melhorar a auto-afirmação, obrigar o ambiente a reconhecer sua importância, ainda que para se lhe opor ou confrontar. O Borderline também está sujeito a exuberantes manifestações de instabilidade afetiva, oscilando bruscamente entre emoções como o amor e ódio, entre a indiferença ou apatia e o entusiasmo exagerado, alegria efusiva e tristeza profunda. A vida conjugal com essas pessoas pode ser muito problemática, pois, ao mesmo tempo em que se apegam ao outro e se confessam dependentes e carentes desse outro, de repente, são capazes de maltratá-lo cruelmente. Os indivíduos com Transtorno da Personalidade Borderline se esforçam freneticamente para evitarem um abandono, seja um abandono real ou imaginado. A perspectiva da separação, perda ou rejeição podem ocasionar profundas alterações na auto-imagem, afeto, cognição e no comportamento. O Borderline vive exigindo apoio, afeto e amor continuadamente. Sem isso, aflora o temor à solidão ou a incapacidade de ficar só, em presença de si mesmo. Esses indivíduos são muito sensíveis às circunstâncias ambientais e o intenso temor de abandono, mesmo diante de uma separação exigida pelo cotidiano e por tempo limitado, são muito mal vivenciadas pelo Borderline. Esse medo do abandono está relacionado a uma grande intolerância à solidão e à necessidade de ter outras pessoas consigo. Seus esforços frenéticos para evitar o abandono podem incluir ações impulsivas, tais como comportamentos de auto-mutilação ou ameaças de suicídio. A tendência a alguma forma de adição, como o álcool, remédios, drogas, ou mesmo o trabalho desenfreado, o sexo insistentemente perseguido, o esporte, alguma crença, etc., refletem uma busca desenfreada de "um algo mais" que lhe complete e lhe dê sossego. Segundo Marco Aurélio Baggio, quem melhor descreve o Ego desses pacientes, os Borderlines são pouco capazes de se empenharem numa tarefa com persistência e acuidade. Desistem do esforço e circulam em torno daquilo que é preciso fazer mas não fazem. Em relação ao contacto inter-pessoal, eles têm uma tendência a atacar o outro do qual dependem, como forma de camuflar a grande necessidades de dependência. São habilidosos em estimular o outro a lhes propiciar aquilo que precisam, mas recebem tudo o que lhe fazem como quem nada deve. A personalidade do Borderline é uma peça de teatro onde os atores coadjuvantes estão sempre esperando ele, o ator principal. Trata-se de um ego que não tolera o vazio, a separação, a ausência, não sabe superar com equilíbrio os conflitos. Características de Personalidade e Comportamento Os indivíduos com Transtorno da Personalidade Borderline têm um padrão de relacionamentos instável e, ao mesmo tempo, intenso. Na vida a dois, eles podem desenvolver intenções de protetores ou amantes já no primeiro ou no segundo encontro, exigir que passem muito tempo juntos e compartilhem detalhes extremamente íntimos ainda na fase inicial de um relacionamento. Essas pessoas podem sentir empatia e carinho por outras pessoas, entretanto, tais sentimentos são frutos exclusivos da expectativa de que a outra pessoa estará lá para atender suas próprias necessidades de apoio, carinho e atenção. Pode haver no Borderline, uma rápida passagem da idealização elogiosa para sentimentos de desvalorização, por achar que a outra pessoa não se importa o suficiente com ele, não dá o bastante de si, não se mobiliza o suficiente. Portanto, são insaciáveis em termos de atenção. Eles são inclinados a mudanças súbitas em suas opiniões sobre os outros. A inconstância do Borderline se observa também em relação ao juízo que tem de si mesmo e de sua vida. Ele pode ter súbitas mudanças de opiniões e planos acerca de sua carreira, sua identidade sexual, seus valores e mesmo sobre os tipos de amigo ideal. Os indivíduos com este transtorno exibem impulsividade em áreas potencialmente prejudiciais para si próprios, tais como nos esportes, nos jogos de azar, no consumo de tabaco, álcool, drogas, etc. Eles podem jogar, fazer gastos irresponsáveis, comer em excesso, abusar de substâncias, engajar-se em sexo inseguro ou dirigir de forma imprudente. As pessoas com Transtorno da Personalidade Borderline podem apresentar comportamento, gestos ou ameaças suicidas ou comportamento auto-mutilante . O suicídio completado costuma ocorrer em 8 a 10% desses indivíduos impulsivos, e os atos de auto-mutilação também impulsivos, como por exemplo, cortes ou queimaduras também são comuns. Esses atos auto-destrutivos geralmente são precipitados por ameaças de separação ou rejeição, por expectativas de que assumam maiores responsabilidades ou mesmo por frustrações banais. Os indivíduos com Transtorno da Personalidade Borderline podem apresentar instabilidade afetiva, devido a uma acentuada reatividade do humor, como por exemplo, euforia ou depressão (disforia) episódica, irritabilidade ou ansiedade, em geral durando apenas algumas horas. O humor disfórico (euforia ou depressão) dos indivíduos com Transtorno da Personalidade Borderline muitas vezes é acompanhado por períodos de raiva, pânico ou desespero. Essas pessoas ficam facilmente entediadas, não aceitam bem a constância ou mesmo a serenidade, e podem estar sempre procurando algo para fazer. Os sentimentos agressivos dessas pessoas não costumam ser dissimulados e eles freqüentemente expressam raiva intensa e inadequada ou têm dificuldade para controlar essa raiva. Eles podem exibir extremo sarcasmo, persistente amargura ou explosões verbais. Por outro lado, essas expressões de raiva freqüentemente são seguidas de vergonha e culpa e contribuem para o sentimento de baixa auto-estima. Curso e Prevalência O Transtorno da Personalidade Borderline é diagnosticado predominantemente em mulheres, as quais compões cerca de 75% dos casos. Quanto à prevalência, estima-se em cerca de 2% da população geral, ocorrendo em cerca de 10% dos pacientes de consultórios psiquiátricos e em cerca de 20% dos pacientes psiquiátricos internados. Entre os portadores de Transtornos da Personalidade em geral, a prevalência do Transtorno da Personalidade Borderline varia de 30 a 60%. O curso do Transtorno da Personalidade Borderline é instável, começando esse distúrbio no início da idade adulta, com episódios de sério descontrole afetivo e impulsivo. O prejuízo resultante desse transtorno e o risco de suicídio são maiores nos anos iniciais da idade adulta e diminuem gradualmente com o avanço da idade. Durante a faixa dos 30 e 40 anos, a maioria dos indivíduos com o transtorno adquire maior estabilidade em seus relacionamentos e funcionamento profissional. Também se sabe que o Transtorno da Personalidade Borderline é cerca de cinco vezes mais freqüente entre parentes biológicos em primeiro grau também com o transtorno do que na população geral. Quadro Clínico É conveniente explicitar o marco teórico referencial no qual nos baseamos para o diagnóstico. Este está sustentado pelos aportes de distintas escolas, entre elas, a psicanalítica americana, britânica e francesa. A escola americana põe ênfase na labilidade do Ego ou do self e na difusão da identidade. Melita Schmideberg admite que o Borderline apresenta transtornos em quase todas as áreas da pessoalidade, principalmente nas relações interpessoais, na profundidade (qualidade) dos sentimentos, na identificação e na empatia, na atitude social, no controle da vontade (volição), na capacidade para o trabalho, na necessidade de prazer, na vida sexual, no controle das emociones, na vida das fantasias, na elaboração e valoração dos ideais e no planejamento das metas da vida. Suas relações com o objeto são superficiais, carecendo de profundidade de sentimentos, de constância, empatia e consideração pelos demais. Também apresenta transtornos de caráter de nível variado e os sintomas clínicos são: 1. - Angustia É crônica e difusa. Trata-se de um afeto contínuo e surdo mas que, no obstante, pode se manifestar como uma crise de angústia aguda e com sintomas somáticos correspondentes. Pode sobrevir uma crise histérica com comprometimento de todas as funções psíquicas, juntamente com manifestações somáticas variadas, tais como vertigem, taquicardia e outros característicos do Transtorno de Ansiedade Aguda. A desrealização e a despersonalização aparecem como extremos dessas crises, também acompanhadas de sintomas somáticos. É uma angústia ligada à perda de sentido, tal como foi observada por Freud quando diante de perspectivas ou ameaças de separação. 2. - Incapacidade para sentir Às vezes o paciente experimenta a consciência de um vazio afetivo, despersonalização e incapacidade para sentir emoções. Outras vezes encenam episódios do tipo histérico, com reações emocionais exageradas, ingerem álcool ou drogas, cometem delitos ou têm relações sexuais patológicas para libertar-se da sensação de vazio existencial. Ainda que não consigam experimentar emoções genuínas, também não podem suporta-las caso existam. Protegem-se contra os sentimentos mantendo as relações em um nível superficial ou mudando freqüentemente de trabalho, de amigos ou do lugar onde vivem. Isso pode explicar a grande instabilidade dos pacientes Borderlines. Schmideberg disse que os Borderlines são, fundamentalmente, não sociais e alguns, declaradamente anti-sociais. Uma das manifestações da instabilidade é a instabilidade afetiva, que pode perturbar suas relações sociais. No plano ocupacional também se mostram instáveis. Mesmo que esses pacientes tenham condições intelectuais normais, falta-lhes capacidade para a concentração, para a perseverança e para o desejo para um esforço mais firme. Outros fatores que contribuem para a instabilidade ocupacional são sua baixa tolerância à frustração, hipersensibilidade às críticas e a expectativa de conseguir recompensas totalmente desproporcionais. Também deve ser destacada a incapacidade para os Borderlines aceitar as regras e a rotina. Por tudo isso eles acabam sendo despedidos de seus empregos ou que eles mesmos pedem demissão. 3. - Depressão A depressão do Borderline se caracteriza, basicamente, por sentimentos de vazio e solidão. A diferença do que ocorre no verdadeiro depressivo, no qual existe medo da destruição do objeto amado, no caso do Borderline ha explosões de ira ou raiva contra o objeto considerado frustrante. 4. - Intolerância à solidão A modalidade de relação com o objeto é do tipo anaclítica (procure por Depressão Anaclínica no dicionário). A intolerância a estar só se manifesta como um afã de prender-se vorazmente, através da voz ou da presença física do outro, ou em determinados casos por intermédio do objeto droga, álcool ou alimento, segundo seja a adicção, como tentativa frustrada de supressão da falta. Na realidade, toda tensão de separação é intolerável ao Borderline, produzindo as condutas de aderência exagerada ao objeto. 5. - Anedonia Anedonia é a incapacidade de sentir prazer. Existe sempre no paciente Borderline uma insatisfação permanente e manifesta, uma frustração constante e os objetivos de prazer que pretendem nunca chegam consegui-los, são para eles, inalcançáveis. Ou, pior ainda, quando são alcançados, perdem valor imediatamente. No pacientes Borderline a tendência a evitar o desprazer se faz mais forte que a busca do prazer. 6. - Neurose poli-sintomática O paciente borderline pode apresentar dois ou mais dos seguintes sintomas: a) Fobias múltiplas, geralmente graves, especialmente a agorafobia. A relação com o objeto está submetida à regulação da distância com mecanismos agorafóbicos e claustrofóbicos. Essas sensações associadas a tendências paranóides, originam serias inibições sociais. b) Sintomas obsessivos-compulsivos. Normalmente esses sentimentos, muito repudiados pelo portador de TOC, são Ego Sintônicos no paciente Borderline, inclusive com tendência a racionalização. c) Múltiplos sintomas de conversão (histéricos), geralmente crônicos. d) Reações dissociativas (histéricas). e) Transtornos de consciência, Estados Crepusculares, fugas e amnésias. f) Hipocondria e exagerada preocupação por a saúde e temor crônico a enfermar. Refere-se não só ao corpo, mas também à mente. Descrevem minuciosamente seu mal-estar, com reações e sensações esdrúxulas. É comum o medo de enlouquecerem. g) Tendências paranóides com idéias deliróides persecutórias. h) Descontrole dos impulsos. Este descontrole impulsivo pode ser ego diatônico ou ego sintônicos. O alcoolismo, drogadição, bulimia, compras descontroladas, cleptomania, são sintomas impulsivos comuns entre os Borderlines. 8. - Tendências sexuais não-normais (Parafilias) Podem coexistir varias tendências em forma de fantasias ou de ações. As formas bizarras de sexualidade, principalmente as que manifestam agressão ou substituição primitiva dos fins genitais, tais como atitudes eliminatórias (urinar, defecar). Às vezes a homossexualidade pode funcionar como defesa contra a sensação e a ansiedade de abandono. A homossexualidade costuma representar a busca de gratificação das necessidades orais. Pode também manifestar relações homossexuais sadomasoquistas e promíscuas. 9. - Episódios Psicóticos Breves Aqui se incluem a desrealização e despersonalização. As idéias de auto-referência e os quadros paranóides predominam nesses Episódios Psicóticos Breves. As manifestações clínicas seriam: transtornos paranóides, depressões com idéias de suicídio, Episódios Maníacos, quadros de automutilação. Esses episódios agudos costumam ser reativos, normalmente à ruptura de algum vínculo. 10) Adaptação social Existem várias possibilidades para o contacto social borderline. A evitação, por exemplo, acontece nos casos do borderline esquizóide e depressivo, mas o relacionamento interpessoal também pode ter características anti-sociais. Em geral, as relações interpessoais costumam estar prejudicadas e nas reações paranóides, tão comuns entre esses pacientes, a conduta social pode ser agressiva. Critérios Diagnósticos para F60.31 - 301.83 Transtorno da Personalidade Borderline Um padrão invasivo de instabilidade dos relacionamentos interpessoais, auto-imagem e afetos e acentuada impulsividade, que começa no início da idade adulta e está presente em uma variedade de contextos, como indicado por cinco (ou mais) dos seguintes critérios: (1) esforços frenéticos para evitar um abandono real ou imaginado. Nota: Não incluir comportamento suicida ou automutilante, coberto no Critério 5 (2) um padrão de relacionamentos interpessoais instáveis e intensos, caracterizado pela alternância entre extremos de idealização e desvalorização (3) perturbação da identidade: instabilidade acentuada e resistente da auto-imagem ou do sentimento de self (4) impulsividade em pelo menos duas áreas potencialmente prejudiciais à própria pessoa (por ex., gastos financeiros, sexo, abuso de substâncias, direção imprudente, comer compulsivamente). Nota: Não incluir comportamento suicida ou automutilante, coberto no Critério 5 (5) recorrência de comportamento, gestos ou ameaças suicidas ou de comportamento automutilante (6) instabilidade afetiva devido a uma acentuada reatividade do humor (por ex., episódios de intensa disforia, irritabilidade ou ansiedade geralmente durando algumas horas e apenas raramente mais de alguns dias) (7) sentimentos crônicos de vazio (8) raiva inadequada e intensa ou dificuldade em controlar a raiva (por ex., demonstrações freqüentes de irritação, raiva constante, lutas corporais recorrentes) (9) ideação paranóide transitória e relacionada ao estresse ou severos sintomas dissociativos Aspectos médico-legais do Borderline O Transtorno Borderline da Personalidade é considerado um transtorno fronteiriço ou limítrofe entre uma modalidade não-normal da personalidade relacionar-se com o mundo e um estado que pode ser considerado francamente patológico. Assim sendo, cada caso de paciente dito borderline deve ser considerado à parte. O paciente borderline pode ser objeto de apreciação jurídica e legal quando a gravidade de seu transtorno de personalidade é importante o suficiente para produzir um sério transtorno psíquico de insanidade e incapacidade de auto-determinar-se. A capacidade civil de uma pessoa deve estar condicionada à sua maturidade mental. Classicamente, Krafft-Ebing (Krafft-Ebing, Medicina legal, España Moderna Madrid, 1992.) distingue 3 elementos fundamentais para que a pessoa seja considerada capaz e, através dessa capacidade possa adquirir os direitos e deveres da vida em sociedade: a) "conhecimento e consciência" dos direitos e deveres sociais e das regras da vida em sociedade. b) "juízo crítico" suficiente para a aplicação do item anterior. c) "firmeza de vontade (volição)" para decidir com liberdade. Conforme se vê na prática, e mesmo de acordo com o curso e evolução do Transtorno Borderline referido na literatura internacional, não se pode dizer que esses pacientes sejam considerados insanos, quer pela carência de sintomas psicóticos, quer pela carência de prejuízo do juízo crítico, ambos necessários para atestar-se a insanidade. Entretanto, atualmente tem-se enfatizado não apenas as características psicopatológicas do paciente (réu) em apreço mas, sobretudo, uma série de circunstâncias vivenciais de alguma forma atreladas ao ato delituoso. Circunstâncias atenuantes, por exemplo, encontramos no caso da embriaguez habitual ou uso de estupefacientes. Nesses casos, a pessoa poderá inabilitar-se judicialmente, caso estejam expostos a perpetrar atos jurídicos prejudiciais a si próprio ou ao patrimônio. Na justiça espanhola, essa questão de eventual prejuízo do patrimônio, visa a proteção econômica (e social) dos familiares do Borderline. Trata-se da doutrina da semicapacidade, uma solução técnica do direito contemporâneo para atenuar os efeitos da alteração psíquica de certas pessoas em relação ao prejuízo sobre demais pessoas mas, nem sempre, atenuando a punibilidade em relação à sua própria pessoa. Como se vê, a figura de inabilitação e semicapacidade tem menor alcance que a declaração de incapacidade por demência e, na prática, representa um recurso de proteção mais patrimonial que pessoal. Essa atitude tem como um dos objetivos, prevenir a dilapidação do patrimônio familiar pelo Borderline, com freqüência viciado em jogo, drogas, álcool, etc. O direito penal se relaciona com a psiquiatria forense através do conceito de imputabilidade. Imputar significa atribuir algo a uma pessoa e esta, só será imputável, quando se encontra em condições de valorizar e ajuizar seus atos e as conseqüências que deles resultam. Resumindo, podemos dizer que a pessoa é imputável quando é responsável sobre a culpabilidade de seus atos. Alguns autores (Nestor Ricardo Stingo, Maria Cristina Zazzi, Liliana Avigo, Carlos Luis Gatti) acham que a pessoa Borderline pode ser inimputável nos casos onde haveria um estado de inconsciência, notadamente por intoxicação por drogas ou álcool ou, ainda, devido a alteração mórbida das faculdades mentais. Este último caso, quase exclusivamente diante da presença de sintomas psicóticos. Evidentemente existem situações muito mais difíceis de se atestar o grau de responsabilidade da pessoa Borderline. Essas se relacionam, basicamente, com os episódios de descontrole impulsivo. Nesses casos estaria em jogo não a questão psiquiátrica (de diagnóstico) mas, a questão psicológica da circunstância. O dilema dessas questões está, exatamente, no fato dessas pessoas entenderem e compreenderem a gravidade de seus atos mas, não obstante, serem incapazes de auto-controlarem suas condutas. Entretanto, nunca devemos esquecer que as questões referentes à capacidade, incapacidade, imputabilidade e inimputabilidade são conceitos estritamente jurídicos, competem estritamente ao juiz, sendo a função da medicina apenas assessorar a justiça através de laudos e perícias. Para referir: Ballone GJ, Moura EC - Personalidade Borderline- in. PsiqWeb, Internet, disponível em http://virtualpsy.locaweb.com.br/www.psiqweb.med.br/, revisto em 2008. Fonte:http://www.psiqweb.med.br/site/?area=NO/LerNoticia&idNoticia=184

Depressão em adolescentes pode levar à automutilação.

Especialistas alertam para a necessidade de mais diálogo entre pais e filhos..... É chocante ler em chats histórias de adolescentes que cortam braços e pernas sem motivo aparente e estampam cicatrizes e marcas de queimaduras na pele. Tamanha agressividade contra si mesmo é chamada de automutilação, conforme explica a psiquiatra Dra. Regina Alvares Biscaro, professora de psicoterapia da disciplina de Psiquiatria da Faculdade de Medicina do ABC. — A automutilação é um distúrbio de comportamento que pode ter várias causas, entre elas, transtornos obsessivos, quadros depressivos ou o que chamamos de Transtorno de Personalidade Borderline, caracterizado pela impulsividade. Depressão e automutilação em jovens: conte sua história para o R7 A especialista acrescenta que este comportamento agressivo também pode ser resultado do uso de drogas e álcool ou ainda uma tentativa de chamar a atenção dos pais. Para a psiquiatra Dra. Jackeline Giusti, do Ambulatório Geral da Infância e Juventude do Hospital das Clínicas de São Paulo, a automutilação atua como uma medicação para aliviar o estado emocional do adolescente. — A automutilação é usada para aliviar sensações de angústia, tristeza e culpa, que também são sintomas da depressão. Embora raro, o problema existe e precisa ser tratado adequadamente. De acordo com a psiquiatra do HC, alguns sinais podem indicar a necessidade de ajuda médica. — Geralmente, os pais notam mudanças de comportamento, desinteresse por atividades que antes o filho gostava, queda de rendimento escolar, isolamento, uso de roupas de manga longa em dias quentes e cortes frequentes nos braços e pernas. A médica da Faculdade de Medicina do ABC explica que o tratamento consiste em psicoterapia e, em alguns casos, medicação. Apesar de ser um pouco longo, ela garante que é possível superá-lo sem grandes prejuízos. —É muito importante os pais manter-se próximos dos filhos, conhecer seus gostos pessoais e saber quem são seus amigos. Além disso, os adultos precisam dialogar mais com os adolescentes, impor limites e participar do seu dia a dia. Fonte:http://noticias.r7.com/saude/depressao-em-adolescentes-pode-levar-a-automutilacao-16102012

sábado, 19 de janeiro de 2013

Vida

"Tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras; sou irritável e piro facilmente; também sou muito calma e perdôo logo; não esqueço nunca; mas há poucas coisas de que eu me lembre; sou paciente, mas profundamente colérica, como a maioria dos pacientes; as pessoas nunca me irritam mesmo, certamente porque eu as perdôo de antemão; gosto muito das pessoas por egoísmo: é que elas se parecem no fundo comigo; nunca esqueço uma ofensa, o que é uma verdade, mas como pode ser verdade, se as ofensas saem de minha cabeça como se nunca nela tivessem entrando? Tenho uma paz profunda, somente porque ela é profunda e não pode ser sequer atingida por mim mesmo; se fosse alcançável por mim, eu não teria um minuto de paz; quanto a minha paz superficial, ela é uma alusão à verdadeira paz; outra coisa que esqueci é que há outra alusão em mim - a do mundo grande e aberto; apesar do meu ar duro, sou cheia de muito amor e é isso o que certamente me dá uma grandeza...” Clarice Lispector

Desabafo

"Quando tudo está perdido, sempre existe um caminho, quando tudo está perdido, sempre existe uma luz" (Renato Russo) Tive um dia difícil,em casa em pleno sábado,querendo sair pra dar uma volta... Aonde irei chegar?Não sei. Tudo parece tão distante pra mim que nem sei por onde começar. Um dos fatos mais tristes da minha vida, não passei no vestibular que tanto queria, porque estudar nesse país está tão dificil?E olha que não foi falta de emprenho e nem de estudo.Meu maior sonho é me formar em filosofia e psicanálise e está sendo quase impossível. Parece que nunca chega a minha vez, que sempre tenho que começar do zero,ficar na expectativa e no fim dá tudo errado. Jamais irei desistir,tentarei até o fim... e realmente,quando será o fim?Quando irá acabar? Converso muito sobre isso com minha análista e de nada adianta porque fico estagnada e de mãos e pés atados.Quero ser feliz,ter minha profissão, minha vida independente,viajar, me mudar(principalmente de país)porque vejo que o Brasil não é o país do futuro!!!! Me sinto perdida em meio ao caos da realidade e presa em um tempo que não corre se arrasta. Isso tudo me faz pensar que Deus não existe, porque se existisse ele já teria olhado para mim e pelo menos teria um pouco de piedade e me ajudaria nessa vida medíocre.Se falar isso para algumas pessoas tenho certeza que irão me condenar,principalmente meus pais...Mas o que estou fazendo de tão errado então que não posso ter uma chance? Penso que o jeito é sentar e esperar a minha chance chegar....

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Ser Borderline

O que é esse maldito TPB? Não sei explicar, são sentimentos e dias confusos que me fazem perder o rumo da vida.Nunca termino o que começo, vivo em uma luta constante todos os dias pra não me fazer nenhum mal... faço tratamento psicológico e psiquiatrico,tomo remédios que me dáo reações muito ruins,e daí paro e penso: Será que estou no caminho certo?Variações de humor, sentimento de vazio, angustia, irritabilidade,euforismo,momentos depressivos, fora outros sintomas que vocês devem conhecer muito bem como carência, medo do abandono etc... O que fazer? Seguir remando contra a maré ou parar e ficar a deriva? No momento me sinto assim, parada vendo o trem da vida passar, pessoas indo e vindo...ficando e indo embora, como se isso fosse fácil de entender e de suportar. Ninguém entente, sei que é dificil...se é pra mim imagino para os meus familiares. o momento estou ansiosa pra entrar na faculdade e isso é o que eu mais quero, mais que tudo...será a minha realização pessoal se conseguir passar.Sinto que será uma mudança radical na minha vida, mudando toda a minha rotina..conhecerei pessoas novas, farei amizades...mas confesso que tenho um pouco de medo de não conseguir dar conta, de levar até o fim por causa desse drama que vivo em ser borderline(culpo sim, toda a minha vida e reações por causa desse transtoro).Queria saber mais que tudo de onde ele veio e como tudo vai seguir daqui pra frente, como vou enfrentar os "nãos" e os "sim". Perdi amigos, mas ganhei algo muito importante que é o aprendizado, de conhecer pessoas que valem a pena e pessoas nas quais devo desistir antes de começar a ter uma amizade. Tenho amigos virtuais que não conheço pessoalmente mas que já fazem parte da minha vida. como se eu os(as) conhecesse há tempos, e isso me faz tão bem que vocês nem imaginam... Luto todos os dias para sobreviver,passo tempo demais perdendo tempo se é que me entendem. Tenho momentos bons sim, principalmente com pessoas importantes na minha vida, pessoas nas quais eu amo e não viveria sem... minha maior felicidade foi quando minha afilhada e minha sobrinha nasceram... vi que estou ficando velha rs,mas é tudo diferente quando você tem pessoas que te amam,adoro quando minha sobrinha me chama de tia e minha afilhada me chama de dinda, é muito fofo.Pena que elas moram longe de mim e não posso participar mais da vida delas. Tenho muita história pra contar, mas prefiro ficar por aqui e depois quem sabe me animo e conto minha biografoa rsrsrsrs. Então é isso, força sepre e uma frase ou texto, sei lá que é simples, todos conhecem mais eu me identifico: Concedei-nos Senhor, Serenidade necessária, para aceitar as coisas que não podemos modificar, Coragem para modificar aquelas que podemos e Sabedoria para distinguirmos umas das outras. Reihold Niebuhr

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

I Miss You

O que a saudade faz com a gente, perdemos todo o coltrole real e imaginário. Quem está longe,quem esta perto... Nem sempre conseguimos superar a distância. O medo de perder doi, A vontade de estar perto corroi, A mente fica a deriva,quase a transbordar. Sentimos em excesso,pensamentos desconexos, tentando encontrar esse alguem em algum lugar. Sorrisos, rostos,confundem a mente, Querendo que a pessoa esteja lá. Mas ela não está, o Que está é a distância, essa sim nos faz companhia.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Remar

Olha, eu sei que o barco tá furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar também.Tá me entendendo? Eu sei que sim. Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou. Faz tempo que quero ingressar nessa viagem, mas pra isso preciso saber se você vai também. Porque sozinha, não vou. Não tem como remar sozinha, eu ficaria girando em torno de mim mesma. Mas olha, eu só entro nesse barco se você prometer remar também! Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia. Mas você tem que prometer que vai remar também, com vontade! Eu começo a ler sobre política, futebol, ficção científica. Aprendo a pescar, se precisar. Mas você tem que remar também. Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena. Remar. Re-amar. Amar. Caio Fernando de Abreu

Insensatez

O que fazer quando nada faz sentido? Ter medo de coisas que são simples e objetivas. Vontade de deixar o sangue escorrer pela pele, diminuindo o vazio aqui dentro. Não tem saída e nem chegada, Tudo está imperfeito e obscuro. Como um dia de verão nublado. As coisas acontecem e se repetem de uma maneira contraditória, perdendo a verdade do sentir. Não dá pra entender tamanha solidão quando todos estão perto, e longe só o vocábulo. Perfeito seria se a imperfeição fosse embora de vez, e a felicidade chegasse de mansinho, sem medo de ficar.