terça-feira, 15 de dezembro de 2009



O estilete desliza sobre minha pele rasgando e tirando tudo o que está me fazendo mal.
O sangue escorre por entre os dedos, manchando a pele.
Quando lavo fica aquela cicatriz aberta, a ferida madura.
Quando começa a cicatrizar corto novamente, começo com a gilete bem no meio do corte porque fere mais,
A dor é mais intensa,
E o sangue jorra de minha carne como uma lágrima escorrendo no rosto.
E quanto mais corto quero mais,
Na vontade de tomar coragem e cortar tão fundo
Ao ponto de tirar todo o sangue de dentro de mim,
Pois assim a dor vai embora, o sentir não existirá mais,
E tudo acabaria como começou,
Solitária em meio ao nada,
Controlando a dor, controlando a morte, E depois de tudo, somente o silêncio de um corpo inerte.

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